Os jovens fazem, em média, 3,56 chamadas por dia e enviam habitualmente 25,72 mensagens através do telemóvel. A forma como o telemóvel se introduz na vida dos indivíduos é bem patente em situações em que se sentem desconfortáveis quando não têm consigo o seu telemóvel, ou quando estão impossibilitados de o usar (porque não há rede ou porque não têm bateria, por exemplo). Acrescentamos também, que a sensação de estar contactável ou poder contactar alguém em qualquer lugar é reconfortante e os nossos dados são indicadores dessa situação: uma parte bastante significativa dos jovens, correspondente a 85,2%, concorda totalmente que se sentem muito mais tranquilos quando têm o telemóvel consigo. Além disso, 74,3% concordam totalmente que o seu telemóvel só lhes é útil se estiver constantemente ligado.
Regras de utilização
"A tentação, sobretudo após as notícias recentes relacionadas com a utilização dos telemóveis em meio escolar, é optar pela proibição total dentro das salas de aula. É necessário aprender e ensinar a conviver com esse instrumento. Em vez de optar pela proibição total, as escolas devem estabelecer regras para a utilização de telemóveis, computadores, Internet, leitores de MP3, câmaras digitais, câmaras de vídeo, etc. Essas regras podem passar pela proibição da utilização desses dispositivos em alguns espaços dentro do recinto da escola, como sejam as salas de aula, vestiários, etc. No entanto, é importante que tenhamos bem presente que quer se opte pela proibição total ou pela criação de condicionantes, não eliminamos a possibilidade de ocorrências desagradáveis, não-éticas, irresponsáveis e indignas. Mesmo existindo regras e proibições, haverá sempre quem as viole e não as cumpra, pois hoje em dia os jovens adolescentes, não vivem sem o seu telemóvel, fora ou dentro das aulas. Ora para faar com amigos, ora para falarem com os seus namorados, deste modo estão a perder a matéria dada pelos professores, o que pode ter graves consequências.